Fashion Revolution: a moda sustentável


Historicamente, a moda passara por diversas mudanças e transformações, épocas de corseletes e bufantes vestidos da era vitoriana à jeans detonado do século XXI. Desde a Revolução Industrial conhecemos a produção em massa, as fábricas querem atender o máximo de público para vender mais, lucrar mais, ser a melhor. Agora, devemos nos perguntar, como estão aqueles que fizeram nossas roupas? Não o designer que desenvolveu o modelo, mas a pessoa envolvida desde a fabricação do tecido até o último ponto de linha. Será que são tão reconhecidos como os títulos?

A realidade é que as condições da indústria da moda são quase desumanas e um grande exemplo, atual, foi o dia 24 de abril de 2013, o dia do acidente que vitimou cerca de 1127 pessoas, o desabamento do prédio comercial Rana Plaza em Bangladesh. Esse incidente fatal repercutiu tanto que foi o estopim para a que Fashion Revolution nascesse, estava na hora de alguém ser a voz para tantos que foram silenciados.

A concepção da Fashion Revolution jamais foi combater a moda ou atingir instituições de forma negativa, no entanto, a idealização é enfatizar a moda de forma positiva, sustentável e ética analisando criticamente as práticas primárias da indústria e mostrando que é possível a mudança de preceitos ruins para que o futuro da moda seja promissor. 

Este é um dos fatores pelo qual tais pessoas são denominadas "manifestantes pró-moda", uma vez que, sua luta não é contra a moda e sim, com a transparência e com a ética das fábricas do ramo - garotas(os) vocês arrasaram!


A semana da Revolução da Moda acontece em abril no período do seu aniversário - uma semana que o dia 24 de abril abrace - e conta com um movimento das marcas e dos produtores de transparecer o que acontece em sua linha de produção e cadeia de suprimentos. E não somente isso, a semana é para todo consumidor também. A campanha é:

O intuito é movimentar o pensamento fragilizado de que moda é algo vazio, e transforma-la em algo sustentável e que transmita uma mensagem por um bem maior. Os problemas na indústria da moda são múltiplos, ela é a uma das maiores poluidoras do mundo que tem por consequência provocar mais problemas ambientais e enfatizar os já existentes. E não só neste âmbito, ela causa disfunção social ao colocar centenas de milhares de pessoas, incluindo as crianças, em contato com condições de trabalho exploradoras, sem leis trabalhistas, o que retoma o tempo da escravidão. 

O momento é agora! A coisa vai ser linda, pois esse movimento merece nosso apoio e merece que lutemos por ele, também. Utilizamos do mercado têxtil todos os dias, porém sem saber a procedência do mesmo e até onde isso nos afeta? Por isso:


Sabermos quem são as pessoas que fazem o que vestimos, onde fazem e como fazem extingue aquela ignorância de tudo o que vemos é a roupa sem a história por trás da mesma, a ideia é criamos um vínculo de gratidão desde o agricultor que cultivou o algodão até o designer, saber que o trabalho deles não é invisível e que damos a vida para suas criações. 

“Nós queremos que você pergunte: ‘Quem Fez Minhas Roupas?’. Essa ação irá incentivar as pessoas a imaginarem o “fio condutor” do vestuário, passando pelo costureiro até chegar no agricultor que cultivou o algodão que dá origem aos tecidos. Esperamos que o Fashion Revolution Day inicie um processo de descoberta, aumentando a conscientização sobre o fato de que a compra é apenas o último passo de uma longa jornada que envolve centenas de pessoas, realçando a força de trabalho invisível por trás das roupas que vestimos”. 


- Orsola de Castro co-fundadora do movimento



Nós somos o meio para que isso ocorra! Precisamos agir, questionar, nos manifestar de forma positiva e que contribua ao crescente do movimento. Nós somos a Revolução Fashion e nós a fazemos! Como se diz mesmo? Seja curioso, descubra e faça algo.

Faça parte desta revolução!



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